Em alguns estados, segundo estudo da FreteBras, o aumento superou os 150%. Só no segundo trimestre observou-se um volume de frete 83% maior que no mesmo período de 2020, crescimento impulsionado principalmente pelo agronegócio, responsável por 37% dos fretes registrados na plataforma no período
Segundo o estudo “Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”, publicado pela plataforma e que divulga fretes oferecidos por transportadoras e embarcadores, a oferta de frete rodoviário no Brasil cresceu 67,50% no primeiro semestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado.
A plataforma distribuiu, no primeiro semestre deste ano, algo em torno de R$28 bilhões em fretes. Só no segundo trimestre, o volume de carga transportada foi 83% maior que 2020, considerando o mesmo período.
São Paulo foi o estado que concentrou o maior volume de ofertas de frete no período aferido, com 21,5% de participação do total. Minas Gerais apareceu na segunda colocação, com 15,7%, seguido do Paraná, com 13,2%.
Outros estados também registraram aumento expressivo do volume de fretes, na comparação com o primeiro semestre de 2020. O crescimento de 6% na área plantada do Tocantins gerou um aumento de 170% nos fretes originados no estado. No Piauí, o aumento de 10,4% na produção dos grãos, fez o volume de fretes subir 145%.
Já em Sergipe, o início das operações da nova fábrica de fertilizantes nitrogenados da Unigel gerou um salto nos fretes do estado de 132%. Ao considerar apenas o período de abril a junho, o Espírito Santo teve um salto de seus fretes de 171%, impulsionados por um aumento de 44% na produção de papel e celulose e de 39% na extração de minerais não metálicos, como o granito. Outro destaque foi Santa Catarina, que teve sua produção industrial aumentada em 26%, o que fez os fretes aumentar em 160% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Ainda segundo o estudo, o semestre foi marcado pela luta contra o avanço da pandemia e a recuperação econômica após o aumento dos esforços de vacinação contra a Covid-19.
Aumento dos fretes significa maior movimentação da economia do País
Nesse cenário alguns setores se destacam como os que mais contribuíram para o crescimento do Brasil, como consta a seguir:
Agronegócio
Foi o setor que mais apresentou demandas de fretes no período aferido pela FreteBras, com 37% das cargas registradas e movimento de cerca de R$ 10,8 bilhões. Os estados que se destacaram pelo desempenho no setor foram o Rio Grande do Sul e Paraná, com 15% e São Paulo, com 14%. Os produtos mais transportados foram fertilizantes, com 29% (e que bateu o recorde histórico na importação desde 2011, segundo a CONAB), soja, com 13% e o milho, com 10%. Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período em 2020, os fretes do agronegócio aumentaram 65%.
Produtos industrializados
Essa é a segunda categoria mais representativa (com crescimento de 67,77% no volume de transportes) e que, segundo a FreteBras, demandou 27% dos fretes anunciados no primeiro semestre.
Entre os produtos mais transportados dessa categoria foram os alimentícios, 17 %; siderúrgicos, 12%; e máquinas e equipamentos, 11%. Os estados com maior desempenho foram São Paulo, com 27%; Rio Grande do Sul, com 14%; e Minas Gerais, com 11,20%.
Insumos para a construção civil
Essa categoria ficou na terceira colocação no ranking das que mais transportaram cargas no primeiro semestre, com 12% dos anúncios registrados na plataforma. No período analisado, os produtos mais transportados foram cimento, 39%; telhas, 7%; e pisos, 6%. Um crescimento de 84% no volume de fretes, se comparado ao primeiro semestre de 2020. Os estados que mais transportaram insumos para este setor foram Minas Gerais, com 49,38%; São Paulo, com 12,54%; e Paraná, com 6,75%.
Aumento de fretes também é observado nos portos do País
A movimentação de cargas no setor portuário também cresceu nesse primeiro semestre, segundo a Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquaviários esse aumento foi de 9,4%.
Os portos organizados, terminais autorizados e arrendados movimentaram 591,9 milhões de toneladas no período aferido.
O painel Estatístico Aquaviário da Antaq destaca que houve crescimento em relação ao perfil da carga no período, um aumento de 6,4% na movimentação de granel sólido, 11,6% no granel líquido, 16,3% em contêineres e 19,1% na carga geral solta.
Só no primeiro semestre foram movimentadas 343,2 milhões de toneladas de granel sólido, representando 58% do total no período. O destaque foi o minério de ferro, que movimentou 171,8 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 12% em comparação ao mesmo período de 2021. Na sequência vem o petróleo, cuja movimentação cresceu 8%, somando 97,2 milhões de toneladas.
Já o granel líquido, responsável por 28% da carga, movimentou 153,5 milhões de toneladas; os contêineres, responsáveis por 11% da carga, responderam por 65,4 milhões de toneladas. As cargas em geral movimentaram 29,7 milhões de toneladas, correspondendo a 5% do total das cargas.
Segundo o painel, o porto que mais se destacou foi o de Vitória, que registrou crescimento de 30,6% no primeiro semestre e movimentou 3,7 milhões de toneladas de cargas. Para a agência, a expectativa para o segundo semestre é que os portos brasileiros movimentem 626 milhões de toneladas. Para este ano, a estimativa é de 1,218 bilhão de toneladas, o que representa aumento de 5,5% do setor em relação a 2020.
A movimentação de fretes também foi intensa nos portos de Paranaguá-PR, Rio Grande-RS e Santos-SP. O porto do de Paranaguá representa, segundo estudo da FreteBras, junto com o porto de Antonina, também no estado do Paraná, 31% da importação de adubos e fertilizantes do Brasil. O estudo revela que os fretes deste produto, originados em Paranaguá, dobraram quando comparados os primeiros semestres de 2020 e 2021, passando de 24 mil para 48 mil. Também houve aumento de 43% nos fretes de soja com destino ao porto de Paranaguá, que passaram de 16 mil, no primeiro semestre de 2020, para 22 mil, na primeira metade deste ano.
No porto de Rio Grande, os produtos mais importados também foram adubos e fertilizantes, com um aumento de 300% no período, passando de 5 mil fretes, no primeiro semestre do ano passado, para 21 mil no mesmo período de 2021. O estado do Rio Grande do Sul se consolidou como um dos maiores produtores de soja do País.
No porto de Santos, os fretes de adubos e fertilizantes, segundo produto mais importado no local, aumentaram 111% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. Fretes de soja com destino à baixada santista tiveram aumento de 76% no período, enquanto os de açúcar aumentaram 85%.
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